"Estou muito grato porque posso praticar a modalidade que amo a um alto nível"

 Andebol: Depois de um grande mundial sub-19, fruto também da grande prestação portuguesa, fomos falar com Deniz Gunes, o luso-turco que é uma das grandes promessas das redes nacionais. Numa conversa agradável, deixou-nos a sua visão e conta como nasceu esta "paixão" pelo andebol. Aqui fica a 1 parte da entrevista.

Mundo do Andebol

Deniz Lopes Gunes


Nascido em Portugal a 24 de abril de 2004, Deniz Lopes Gunes (19 anos, guarda-redes) "herdou" a nacionalidade o seu pai. Numa relação de cerca de 5 anos com o andebol, diz que acabou por se apaixonar pela modalidade de uma forma algo invulgar. Este ano, depois de ter ingressado em 2022/23 no Águas Santas, vindo do Grande Colégio Universal, acabou por ser chamado à seleção nacional sub-19 onde alcançou o 6 lugar no Mundial que decorreu no mês de agosto na Croácia e já foi apresentado nos séniores do Águas Santas para a nova época. 

P- De onde vem a tua relação com o andebol? Sempre gostaste da modalidade?

R- Comecei a jogar andebol no Grande Colégio Universal (GCU) na época 2018/19, mais no fim da época. Em relação à modalidade eu não a conhecia muito bem, quando entrei no GCU eles ofereciam o desporto como atividade extracurricular e foi aí que acabei por a conhecer. Confesso que nunca me despertou muito interesse e acabei por ingressar na modalidade mais para praticar desporto. Depois acabei por me apaixonar e hoje estou onde estou.

P- O que achaste da tua formação no Grande Colégio Universal? Quem foi o grande impulsionador deste teu gosto pela modalidade (se é que houve) e gostavas de agradecer a alguém em particular?

R- A formação do andebol no Colégio tenho de confessar que é bastante boa perante as condições. A verdade é que o colégio, nos últimos anos, não tem investido muito no desporto, o que é um bocado dececionante. No entanto o que faz a formação do colégio boa, são as pessoas e todos os treinadores que tive a sorte de ter foram excelentes. A verdade é que no colégio se cria uma relação para além do andebol com os treinadores e isso contribui muito para a nossa formação não só como atletas mas também como pessoas. Os grandes responsáveis pelo meu ingresso na modalidade foram o meu colega de turma e depois de equipa Francisco Bandeira que estava quase todos os dias a pedir-me para entrar no andebol, o professor Nuno Ferreira que na altura era meu professor de educação física que também me convenceu a ir experimentar a modalidade e me apoiou ao longo do caminho todo, e por fim, o professor Luís Santos, o meu primeiro treinador, que me ajudou a apaixonar pela modalidade. E por isto quero agradecer a eles todos, bem como a todos os meus colegas de equipa que contribuíram para a minha evolução.

"Amar a modalidade é suficiente para chegar cada vez mais longe"

P- Quais eram as tuas perspetivas em Águas Santas? Sentes que foram concretizadas?

R- Relacionado à minha vinda para a Atlética eu devo confessar que nunca sonhei que iria correr tão bem como correu. As minhas espectativas eram simples: queria continuar a praticar a modalidade, queria estar num lugar onde fosse desafiado todos os dias e queria conviver com atletas com grandes ambições e que me ajudassem a crescer. Há aqui uma coisa que eu queria reforçar que muitas vezes é subestimado. Quando um atleta só é motivado para chegar a clube X ou clube Y ou ganhar A ou B, muitas vezes não realiza o seu potencial. Eu acho que amar a modalidade e praticar o desporto por o amar é suficiente para chegar cada vez mais longe. Eu poder jogar no Águas Santas é uma coisa que eu estou muito grato porque posso praticar a modalidade que amo a um alto nível.

P- Como encaras esta nova aventura, sabendo que já foste apresentado na equipa principal e tendo a possibilidade de jogar na primeira divisão?

R- A vinda para a Atlética só me tem trazido novas experiencias. Já no ano passado a fazer os dois escalões sub-20 e Equipa B foi uma experiencia nova pois ter dois jogos todas as semanas deu me um ritmo novo que no colégio era impossível. Além disso, ano passado conseguimos subir de divisão na Equipa B, o que nos vai proporcionar um novo nível de jogo que só é bom para a nossa formação. Como se não fosse suficiente, nos sub-20, no primeiro campeonato nacional que joguei, chegamos à fase final sendo 1 das 4 melhores equipas de sub-20. Nesta nova época, as minhas espectativas são agarrar todas as oportunidades possíveis para melhorar o meu jogo e as minhas capacidades físicas e mentais. Treinar com os seniores A é excelente para mim porque sou desafiado todos os dias cada vez mais. Se a oportunidade de jogar na primeira divisão surgir acredito que vai correr tudo bem, embora esteja focado no campeonato sub-20 e equipa B que é onde vou atuar esta época.


Amanhã dia 6 não perca a 2 parte da entrevista.

Gustavo Magalhães


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