A verdadeira essência portista não viajou para Montpellier

 Andebol: Longe dos melhores dias, o FC Porto voltou a cair no acesso aos quartos de final da liga dos campeões. Hoje, numa partida que se esperava renhida até final, os dragões nunca chegaram verdadeiramente a jogar como sabem e como o demonstraram já há muito tempo

Mundo do Andebol

A despedida com sabor (bastante) amargo

MONTPELLIER-FC PORTO, 35-27

Liga dos Campeões, play-off, 2.ª mão
6 de abril de 2022
FDI Stadium, em Montpellier (França)

Árbitros: Mads Hansen e Jesper Madsen (Dinamarca)

MONTPELLIER: Marin Sego, Charles Bolzinger e Kevin Bonnefoi (g.r.); Alexis Berthier (1), Diego Simonet (5), Kyllian Villeminot (6), Hugo Descat (7), Lucas Pellas (1), Benjamin Bataille, Marko Panic (3), Arthur Lenne (3), Valentin Porte (3), Yanis Lenne (4), Karl Wallinius (3), Gilberto Duarte (1) e Veron Nacinovic
Treinador: Patrice Canayer

FC PORTO: Nikola Mitrevski e Sebastian Frandsen (g.r.); Pedro Valdés (1), Victor Iturriza (2), Pedro Cruz (3), Diogo Oliveira, Djibril M’Bengue (1), Rui Silva (1), Daymaro Salina (6), Ivan Sliskovic (2), Leonel Fernandes (2), Diogo Branquinho (2), António Areia, Miguel Alves (1), Jesus Hurtado e Fábio Magalhães (5)
Treinador: Magnus Andersson


Ao intervalo: 19-11


Desde há muito tempo que não víamos uma primeira parte tão apática por parte do FC Porto. Desleixado e ineficaz, não soube combater um Montpellier frio e inteligente na forma como abordou as fragilidades dos dragões.  Bonnefoi tapava os 4 cantos da baliza a um Victor Iturriza  perdulário que cometia erros inacreditáveis (4 remates falhados em  possíveis, ou no poste, ou fora do alvo). Já Descat levava os gauleses e facilitava a vida a quem assinala os golos, uma vez que a cada minuto, mais 1 era somado na sua ficha e o resultado dilatava-se. Ao intervalo, a desvantagem já ia longa (19-11).

O FC Porto sabia que, após o empate levado a 29 golos, segurado por Frandsen nos minutos finais no Dragão Arena, teria que estar ao nível de Veszprem ou de Flensburg. Mas, o desacerto era tal que, já ninguém esperava melhor, uma vez que, quando a harmonia não existe, e o maestro já desistiu, não há remédio que cure. Há dias assim e, as grandes equipas e como eu tudo na vida, os melhores são aqueles que, perante a adversidade, saem dela com mais força e mais garra para nos próximos desafios conquistarem e recuperarem a sua verdadeira imagem. 

Em relação ao jogo, o 7x6 foi utilizado, a troca de guarda-redes foi feita e criatividade não faltou a Magnus Andersson para tentar dar a volta a este resultado. Melhores dias virão para o lado azul e branco. Seguiu em frente o Montpellier, que joga com o Kielce nos quartos da champions.

Figuras do jogo:
E foram 7 para Hugo Descat, ponta dos franceses

O capitão fez a sua missão e marcou 6 golos, sendo o melhor marcador do FC Porto. Saiu lesionado da partida, mas aparentemente nada demais.

Gustavo Magalhães

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