A sorte de outros dias transformou-se em azar de hoje- crónica ao Portugal-Hungria

 Andebol: Num fantástico ambiente, jogou-se uma belíssima partida. Apenas no final os húngaros ficaram a rir-se e transformaram a tarefa portuguesa em algo bastante difícil. O main-round está cada vez mais difícil.

Mundo do Andebol

 A continuidade portuguesa rege-se pela Islândia

Portugal- Hungria- 30-31 (15-14 ao intervalo)

Por estes minutos joga-se o Islândia- Países Baixos, jogo que ditará a continuidade portuguesa no Europeu de 2022, que decorre por estes dias na Hungria e na Eslováquia. Em caso de vitória islandesa, Portugal ainda pode ter esperanças de passar à fase seguinte, com uma vitória na última jornada diante dos congéneres holandeses. Em caso de triunfo Holandês, Portugal fica-se pelo caminho.

Num jogo taco a taco, Portugal só quebrou na parte final. O resultado foi o reflexo de todo um jogo em que, a sorte podia cair para os dois lados, embora a Hungria tenha sido superior em alguns momentos, muito por culpa de jogar em casa e pela cultura que o seu público leva até aos pavilhões que de tanto entusiasmo, quase caem. Um Portugal debilitado, usou as armas que teve. Um Gustavo Capdville bastante bem e um Miguel Martins irreverente no 1x1, os Heróis do Mar, em tempos felizes com a sorte, esbarraram com o azar.

Com a possibilidade de no início do segundo tempo dilatar a diferença da primeira parte para 2 golos, a turma de Paulo Jorge Pereira não o fez, sofrendo o empate e ficando em desvantagem até ao final da partida. Intercalando o 7x6 com um 6x6, os Heróis do Mar iam sofrendo com a meia-distância húngara, que muitos estragos causou a um desinspirado Manuel Gaspar, depois rendido por Gustavo Capdville, que contabilizou 10 defesas, contra apenas 1 do seu compatriota. Debilitados defensivamente, com 2 exclusões de Daymaro e Iturriza (o último levando a desqualificação), Portugal utilizou aquilo que tinha. Num final épico, onde os da casa fizeram render a possibilidade de jogar em casa, com Szekely a mostrar o seu valor na baliza ao substituir Mikler, perdemos o jogo intitulado pelo nosso selecionador do "tudo ou nada". O segundo desaire em 2 jogos.

Figuras do jogo:

Com 5 golos foi um dos melhores marcadores da seleção nacional, a par de Areia e de Rui Silva. Miguel Martins, irreverente e destímido, demonstrou estar à altura dos melhores

Dominic Máthé, canhoto da Hungria, foi o melhor marcador do jogo com 8 golos

Melhores dias virão para a seleção nacional que, carregada de ausências de peso, tenta fazer frente aos melhores do velho continente. Para continuar, é preciso acreditar na competência islandesa e depois, fazer o melhor possível frente aos Países Baixos. Esperar a sorte, em tempos nossa amiga, hoje nossa inimiga.

Gustavo Magalhães

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