Desvirtuar a história
Mundo do Andebol
Crónica- Gustavo Magalhães
Fazia bem, a todos os senhores da Federação de Andebol de Portugal, repensar na opção tomada em desvirtuar aquilo que sempre foi a Supertaça de andebol. Uma final a 4, enquanto que em todas as outras modalidades (futebol, hóquei, basquetebol) se joga a 2, o vencedor do campeonato e da taça de Portugal. Numa história intrigante, e numa mudança duvidosa, os factos inusitados não ficam por aqui.
Para muitos, passará despercebido ou até será indiferente, mas quando vi no sábado, o Benfica- FC Porto, jogado às 17h00, 2 horas mais tarde do desafio entre Águas Santas e Sporting, pensei, se, esta mudança tão repentina (que na verdade, deveria ter sido já magicada há algum tempo), teria alguma intenção alheia à modernização e muito para lá daquela inofensiva desculpa que seria para dar mais ritmo às equipas. Não será estranho que o jogo mais competitivo, que envolvia o campeão nacional FC Porto, ser aquele mais perto da final, onde o tempo de descanso das 2 equipas seria mais reduzido?
No que chamam de vitimização dos adeptos e dos próprios clubes após um decisão que, nos seus pontos de vista seja para prejudicar o clube, vejo um fundo de inveja, de vontade de prejudicar o clube que indiscutivelmente tem estado no domínio completo do andebol nacional: o FC Porto. Uma federação, tentando levar a capital Lisboa, (a grandiosa cidade que está sempre na frente de todos e de todas), à glória numa competição, que tem sida dominada por um clube do norte, com toda a legitimidade.
Não me prendo só a este facto, sabendo que só este seria suficiente para fundamentar uma opinião e uma crítica, a esta autêntico "atentado" a uma competição tão antiga e tão importante para uma época e para o andebol
Não me prendo só a este argumento de uma "final four", sabendo que só este seria suficiente para fundamentar uma opinião e uma crítica, a esta autêntico "atentado" a uma competição tão antiga e tão importante para uma época e para o andebol. Existem outros, que peso embora sejam menos importantes, não deixam de ser relevantes para demonstrar toda uma estratégia maliciosa.
No domingo, festejavam os jogadores portistas a sua 8 Supertaça, recorde em equipas portuguesas, quando vejo Miguel Laranjeiro, presidente da FAP, entregar o prémio de melhor jogador a um atleta do... Sporting. Salvador Salvador, um jogador mediano, que naquilo que vi, muitos furos abaixo para sequer ser pensado com MVP da final four receber um prémio de melhor jogador. Algo que deixa frustração, desalento e indignação, a jogadores e pessoas sérias, que todos os dias trabalham arduamente para conseguir o melhor de si. Não foi só uma ataque à história do desporto, foi uma grande falta de respeito, ética e de moral ao lesado Porto. Enfim, triste forma de demonstrar aquilo que é um grande desporto: o andebol
Comentários
Convém estar atento para poder dizer mal
Portanto, sempre que o FCP se apresente como, claramente superior, eles não dormirão enquanto não arranjarem uma fórmula para nos derrotarem.