Rumo a Tóquio

 Andebol: Daqui a um mês (dia 24 de julho), começa a caminhada portuguesa nos Jogos Olímpico de Tóquio

Mundo do Andebol

Como se costuma dizer: "a esperança é a última a morrer"

Depois dos resultados no Mundial deste ano (10 lugar) e no Europeu de 2020 (6 lugar), o sonho dos portugueses e das portuguesas ficou maior. Até que, naquela noite em Montpellier, onde Rui Silva colocou a "armada portuguesa" em Tóquio'20, a esperança foi crescendo  e as medalhas nos Jogos Olímpicos são um objetivo na mente daqueles 15 atletas que no dia 7 de agosto querem estar no pódio, a erguer e a representar a nossa pátria. É certo que, o grupo de Portugal não é (comparativamente com o outro) tão difícil, se assim podemos dizer,  uma vez que França, Espanha, Alemanha, Noruega entre outros estão no outro grupo. É menos "complicado", mas não é por isso que deixa de ser difícil.

Primeiro, temos a Dinamarca, atual campeão em título e também Mundial. Uma seleção que apesar de ter pouco rotatividade, é uma equipa persistente. Luta até ao final e tem uma enorme qualidade e apesar de Portugal ter uma pequena chance,  acho que não será nada fácil. Depois  vem a Suécia, vice-campeã Mundial. Fortes no contra-ataque e à semelhança da Dinamarca, uma seleção focada e que nunca se rende. Se me perguntarem se Portugal ganhe mais facilmente aos suecos ou aos dinamarqueses, eu respondo à Dinamarca

No que toca ao Egito, deu grande luta nos oitavos de final do Mundial aos nórdicos da Dinamarca e neste caso, os africanos jogam mais o "tipo de jogo português", uma vez que é um duelo mais físico. Portugal tem todas as condições para vencer este encontro mas claro, Portugal nunca poderá entrar em nenhum jogo a pensar que será fácil.

Japão, o anfitrião, como sabemos esta equipas muitas das vezes transcende-se e Portugal terá que entrar focado e apesar de saber que é superior, tem sempre que pensar que vai jogar de "igual para igual", pois normalmente quando não é este o pensamento, as coisas acabam por correr mal. Barém é na minha opinião o adversário mais fácil e Portugal tem obrigação de vencer, se quiser fazer uma boa campanha neste Jogos.

2 Debatido ultimamente e muitas vezes perguntado ao selecionador nacional Paulo Jorge Pereira, foi o lote de jogadores que levará para os Jogos de Tóquio. A seleção portuguesa tal como todas as outras apenas poderá levar 14 jogadores, mais um de "reserva". Já quando questionado, Paulo Pereira referiu esta ser a "convocatória mais difícil da sua vida" uma vez que o número de jogadores é muito reduzido. O selecionador nacional terá uma escolha muito difícil para fazer (uma vez que num grupo tão grande de trabalho, só escolher alguns é algo difícil para um treinador), mas acho que deve ter em atenção uma coisa: 7x6. Para quem se recorda, os jogadores que atuam neste modelo de jogo característico da seleção nacional são maioritariamente do FC Porto. 

Falo de Miguel Martins, Rui Silva, Fábio Magalhães, Iturriza, Salina, Areia, Branquinho. Acho que Paulo Pereira deverá levar estes jogadores consigo. Depois temos a baliza. Aí Humberto Gomes e Capdville serão os escolhidos no meu ponto de vista. Na lateral, André Gomes, Bélone e Gilberto Duarte. Nas pontas, Pedro Portela e agora a minha incógnita: ou Portugal leva 3 pivôs ou mais um ponta- por exemplo Leonel. Na minha opinião, 3 pivôs seria o essencial: Alexis, Daymaro e Iturriza. Esta opção é utilizada em quase todas a convocatórias da seleção, uma vez que uma das características mais fortes dos "heróis do mar" é a defesa. Na posição de jogador de reserva, um guarda-redes deverá ser o escolhido, como é o caso Manuel Gaspar. Esta decisão estará nas mãos do selecionador nacional que de certeza terá que pensar e repensar nas escolhas que irá fazer. 

3Uma estreia é sempre uma estreia e, as expectativas e o facto de se jogar sem pressão (é como quem diz, como é a primeira vez) é bastante positivo. Pelo menos eu, enquanto português, já fico bastante feliz por Portugal no dia 24 de julho em Tóquio, estar a jogar frente ao Egito. Agora medalhas, quem não as quer? Mas sim, temos que ter os "pés bem assentes na terra" e saber que há seleções que têm claramente mais favoritismo que nós a chegarmos a essas medalhas. Mas um aspeto que está e estará sempre presente dentro de um bom desportista é: há que sonhar para se feliz e há que acreditar para conseguir. E sim, ser realista é bom, mas se trabalharmos para que o sonho seja real,  alcançar o sucesso de certeza que será mais fácil. Como diz Paulo Jorge Pereira: "vamos ser malucos que assim nós somos mais felizes".

..." Agora medalhas, quem não as quer? Mas sim, ter os "os pés bem assentes na terra"...

4 Esta seleção já nos deu grandes glórias e pelo menos para mim, deu-me  confiança para acreditar naquilo que são capazes de fazer. Um dos pensamentos que atormenta ainda todas a pessoas do andebol (inclusive a mim) e principalmente os colegas de equipa, é a morte de Alfredo Quintana. Este grande atleta deve ser lembrado e relembrado por aqueles que no andebol estão envolvidos e de certeza que a nossa seleção nacional o terá bem presente. 

Muitas vezes, estas situações dão união a um grupo de trabalho ( seja em qualquer situação). Já escolhido no torneio de apuramento para estes Jogos, o lema foi: jogar por Quintana.  Ele de certeza que gostaria que dessem o vosso melhor. E ainda hoje pode Quintana estar a pensar naquilo que, aconteça o que acontecer, estes verdadeiros "heróis do mar" vão fazer  nestes Jogos Olímpicos. Pensemos: pelo menos eu, há 3 anos atrás, não pensava que as cores da seleção nacional pudessem estar no Japão, quanto mais nuns Jogos Olímpicos. 

Quintana fará sempre parte desta equipa que conseguiu levar a bandeira portuguesa a todos os cantos do mundo por tudo aquilo que já fez, e que marcará com toda a certeza a história do andebol nacional, do Europeu, e  quem sabe, do mundial. Temos esperança que esta seleção continue a marcar o andebol e principalmente deixemos o impossível para trás e coloquemos o possível para a frente, pois enquanto houver esperança, tudo é possível.

..."enquanto houver esperança, tudo é possível."

Por Portugal

Pelo Quintana

Rumo a Tóquio.

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